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Marcelo Rebelo de Sousa está a fazer o que melhor sabe: dar uma aula a alunos do ensino secundário. Ele é, por natureza, um Professor. Estou a gostar de o ver e ouvir.
Não tentem encostar Putin à parece! Pode tornar-se perigoso e a mobilização anunciada de 300 000 reservistas é já, indubitavelmente, o reconhecimento de um estado de guerra por parte do Presidente russo. Os referendos não podem valer para uns e nada valer para outros, tal como as eleições. É tempo da diplomacia entrar em acção. A manutenção da guerra não serve os interesses da União Europeia.
Erdogan, em entrevista dada há horas, declara que Putin deseja o fim da guerra na Ucrânia. O Presidente turco vai propor-lhe que abandone o território já conquistado, incluindo a Crimeia. Ora, parece-me, é neste ponto que falhará a diligência do mediador. Putin tem de ter uma saída, pelo menos, aparentemente, airosa. É dos livros.
Todos os dias se fala de torturas, de valas comuns, de assassinos de guerra, de uma guerra que ocorre lá longe, lá no Leste da Europa, a muitos milhares de quilómetros daqui. Fala-se dessas e não se fala das valas comuns, com oitenta anos, que o franquismo deixou aqui ao lado, na Espanha da guerra civil. Ainda há netos que procuram o esqueleto dos avós e filhos que buscam os dos seus pais. Vejam bem a força da informação: massacra-nos com coisas de agora e esquece os massacres de há quase cem anos, aqui tão perto de nós!
Já se perceberam várias coisas, desde 24 de Fevereiro até hoje: a Rússia não tem a força militar clássica que se julgava, a Ucrânia não é uma democracia exemplar, as sanções sobre a Rússia, impostas pelos EUA, têm efeitos nefastos sobre os países da União Europeia. Será que Bruxelas tem receio de não acompanhar os EUA na sua política e vai atirar-nos para um tremendo buraco de recessão económica por causa dos desentendimentos entre a Rússia, a Ucrânia e os EUA? É que por trás do aumento do preço do gasóleo estão muitos aumentos de muitas outros produtos!
O funeral público da falecida rainha Isabel II acabou. Por respeito à sua memória não chamo a tudo o que se passou no dia de hoje um grande circo. Ela não merece, mas como foi ela a autora do plano do seu próprio funeral, acho que exagerou. Agora, ou melhor, de amanhã para a frente, parece, dois outros assuntos vão chamar a atenção para Londres: o desaparecimento do Reino Unido e a questão da monarquia. A festa vai começar.
Parece uma pergunta estúpida, não parece? A resposta teria de ser: «O Alqueva é português!», mas a verdade é que a grande maioria dos bons terrenos de regadio do Alqueva pertence a proprietários individuais estrangeiros ou a grandes companhias agrícolas estrangeiras.
É a livre concorrência ou o desleixo nacional?
Disse Moisés Naím, neste domingo, no jornal espanhol El País: «As velhas democracias da Europa não são tão velhas nem tão consolidadas para sobreviver ao assalto das forças que desejam acabar com elas.»
É matéria para pensar!
Titula-se no jornal Público de hoje: «Só 13% dos professores do ensino não superior têm um grau de mestre ou de doutor». Não li o resto. Não me interessou, nem me interessa, porque sei que a adição desses títulos académicos na carreira dos docentes do ensino não superior não lhes traz vantagens especiais, que se podiam e deviam traduzir em melhores salários e mais aceleradas progressões nas carreiras. São sinais evidentes de desmotivações adquiridas ou impostas pelas burocracias ministeriais.
Ai, ai, ai! Bruxelas vai aplicar sanções financeiras à Hungria, porque não pratica uma democracia completa. Na minha opinião, faltam antropólogos como assessores dos políticos da União. É preciso perceber a índole dos povos que formam a UE, pois não basta a boca ordinária de se dizer que os portugueses e espanhóis só sabem gostar de vinho! E os europeus do Norte de quê que gostam? E os europeus do Leste do que gostam e como são? É que, antes de uma união comercial, financeira e política, têm de se perceber as afinidades das culturas nacionais... O fim da União pode dar-se por causa da falta desse estudo!
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